Prefeitura de Araguaína lança ferramente que evitará processos judiciais e bloqueio de contas de inadimplentes

A Prefeitura de Araguaína implementou a Câmara de Transação Tributária, também chamada de Câmara de Negociação, um instrumento que permitirá aos contribuintes acordarem suas dívidas com o Município sem a necessidade de judicialização e eventual bloqueio de contas. A iniciativa da PGM (Procuradoria Geral do Município) foi oficializada na Lei Complementar nº 200, de 9 de abril de 2025, publicada no Diário Oficial do Município 3254 de 14 de abril de 2025. Como funciona A Câmara de Negociação poderá ser usada por pessoas físicas e jurídicas para débitos já inscritos na Dívida Ativa, ou objetos de litígio judicial ou administrativo, e abrange, principalmente, valores em atraso do IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano), ITBI (Imposto sobre a Transação de Bens Imóveis), algumas modalidades de ISS (Imposto Sobre Serviços), multas de natureza punitiva, entre outros créditos tributários. “A adesão à Câmara pode ser feita por iniciativa do próprio contribuinte ou a partir de uma proposta da prefeitura que deverá ser formalizada em edital e com chamamento público. Importante ressaltar que o devedor só poderá negociar seus débitos uma vez a cada quatro anos referente ao mesmo tributo”, explica Gustavo Fidalgo, procurador chefe do Município. Toda a negociação será conduzida pelos procuradores que, durante o acordo, analisarão o histórico fiscal e a situação econômico-financeira do contribuinte, o tempo de duração da ação judicial, a economicidade da cobrança, entre outros pontos. A nova ferramenta de acordo estará à disposição dos contribuintes dentro de seis meses conforme o avanço do decreto de transição que será editado pelo prefeito. Benefícios Além da negociação de valores, a Câmara de Negociação contempla a concessão de descontos nas multas e juros de dívidas consideradas de difícil recuperação, novos prazos e formas de pagamento, substituição ou alienação de garantias e a redução dos honorários advocatícios para 5%, dependendo do acordo. “O valor cobrado atualmente é de 10%, conforme estabelece o Código de Processo Civil. Mas a nova lei reduz esse percentual justamente para dar mais acessibilidade ao contribuinte. E é fundamental esclarecer que, dentro do processo de negociação das dívidas em âmbito extrajudicial, o valor dos honorários advocatícios terão origem na atividade de cobrança realizada pelos procuradores municipais e não serão pagos pelo Município”, ressalta o procurador Allen Kardec.

Tocantins ocupa 6ª posição nacional com maior volume de crédito concedido à população

O Ranking de Competitividade dos Estados, publicado pelo Centro de Liderança Pública (CLP),  aponta o Tocantins como a 6ª unidade da federação com o maior volume de crédito concedido para Pessoa Jurídica (PJ) e Pessoa Física (PF) em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). O levantamento destaca que uma maior disponibilidade de crédito é importante para o desenvolvimento de um estado, pois permite que as empresas tenham acesso a recursos para, por exemplo, expandir operações, inovar e contratar pessoal. Entre as 27 unidades da federação, o Tocantins, em relação ao maior volume de crédito concedido, fica atrás apenas de Goiás (1º), Rondônia (2º), Mato Grosso (3º), Paraná (4º) e Mato Grosso do Sul (5º). A posição no ranking coloca o estado em destaque como o segundo colocado das regiões Norte e Nordeste. O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, enfatiza que o resultado evidencia a confiança do mercado na economia estadual. “Esse volume de crédito mostra que há um ambiente de negócios propício no Tocantins. Além disso, a maior disponibilidade de crédito também permite que os consumidores adquiram bens e serviços, movimentando setores importantes como o comércio e os serviços”, ressalta. O secretário de Estado do Planejamento e Orçamento, Sergislei de Moura, avalia positivamente o desempenho do Tocantins. “A concessão de crédito estimula a economia, fortalece o empreendedor tocantinense e estabelece oportunidades para novos negócios, o que contribui diretamente para o crescimento do nosso PIB”, salienta. O volume de crédito analisado no estudo corresponde ao saldo total de crédito – incluindo pessoas físicas e jurídicas – em relação ao PIB do estado. Esse indicador está inserido no pilar de Potencial de Mercado do Ranking de Competitividade dos Estados do CLP e leva em consideração ainda a percepção de risco dos bancos quanto ao não pagamento de dívidas, ou seja, quanto maior o risco, menores são as concessões, o que impacta negativamente o volume total de crédito disponível.

Haddad incentiva empréstimo consignado: ‘Procure trocar sua dívida cara por uma barata’

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, incentivou os trabalhadores a recorrerem ao novo consignado privado como alternativa para substituir dívidas antigas por outras com juros mais baixos. “Em vez de se endividar, procure trocar sua dívida cara por uma barata. As vezes você já está com uma dívida, ou no cartão de crédito, ou no crédito ao consumidor, ou com alguém do bairro que cobra uma taxa de juros elevada. A primeira maneira de organizar sua vida é: troque sua dívida cara por uma barata”, afirmou o ministro na última segunda-feira (7). Uma das principais críticas ao programa por parte do mercado é que, em um momento de inflação acima da meta, um programa que libera crédito poderia contribuir para uma atividade aquecida, consequentemente aumentando ainda mais a inflação. A estratégia de comunicação do governo, porém, vai justamente na linhe de se usar o dinheiro do programa para limpar seu nome, substituindo dívidas antigas e mais caras, e não no consumo. Crédito consignado CLT Ao todo, mais de 47 milhões de trabalhadores poderão ser beneficiados com o novo programa, que abrange empregados CLT em geral, incluindo empregados domésticos, trabalhadores rurais e contratados por microempreendedores individuais (MEIs), desde que formalizados. O programa permitirá o acesso de mais de 80 bancos e instituições financeiras ao perfil de trabalhadores com carteira assinada através do eSocial, sistema eletrônico obrigatório que unifica informações trabalhistas, previdenciárias e fiscais de empregadores e empregados de todo o país. Após o empréstimo ser contratado, o desconto das parcelas será na folha de salários, mensalmente pelo eSocial, o que deve permitir que as taxas de juros sejam inferiores às praticadas atualmente no consignado por convênio. Após a contratação, o trabalhador acompanha mês a mês as atualizações do pagamento das parcelas.  

Dólar fecha a R$ 5,70 e cai 3,57% em março

Em um dia misto no mercado financeiro, o dólar despencou e a bolsa de valores também caiu. Em meio à cautela com a entrada em vigor do tarifaço do governo de Donald Trump, a moeda norte-americana caiu mais de 3% no mês. Apesar da queda dessa segunda-feira (31), a bolsa subiu cerca de 6% e teve o melhor desempenho mensal desde agosto do ano passado. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,706, com queda de R$ 0,054 (-0,94%). A cotação chegou a abrir em alta, mas passou a cair após a abertura dos mercados norte-americanos. Na mínima do dia, por volta das 15h30, aproximou-se de R$ 5,69. A moeda norte-americana está no valor mais baixo desde o último dia 20, quando tinha fechado em R$ 5,67. A divisa caiu 3,57% em março e acumula baixa de 7,67% em 2025. Diferentemente do câmbio, o mercado de ações teve um dia mais turbulento. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 130.259 pontos, com queda de 1,25%. A queda desta segunda foi parcialmente motivada pela realização de lucros, quando investidores vendem papéis para embolsarem ganhos recentes. O indicador subiu 6,08% em março e acumula alta de 8,29% em 2025. Fatores internos e externos influenciaram o mercado financeiro nessa segunda-feira. No Brasil, a formação da taxa Ptax, câmbio médio no último dia útil do mês que corrige a parcela da dívida do governo em dólar, reforçou a queda do dólar, à medida que muitos estrangeiros reduziram as apostas contra o real nas últimas semanas. Isso fez o real descolar-se de outras moedas emergentes, que se depreciaram hoje. No cenário internacional, investidores avaliam que o Brasil será menos afetado que outros países com a imposição de tarifas recíprocas pelo governo de Donald Trump. A partir de quarta-feira (2), os Estados Unidos taxarão as importações com a mesma tarifa que os países cobram sobre os produtos deles. No mesmo dia, entrará em vigor a tarifa de 25% sobre a importação de automóveis nos Estados Unidos.

Tocantins tem melhor desempenho na geração de empregos em 12 meses

O estado do Tocantins fechou o mês de fevereiro deste ano com saldo positivo de 3.257 novos empregos, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados na última sexta-feira, 28, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviços, Carlos Humberto Lima, destacou o papel do Programa de Impulsionamento da Indústria, Comércio e Serviços (PICS) no crescimento econômico com resultado na geração de empregos no estado. “O PICS tem sido essencial para fortalecer a economia tocantinense, atrair investimentos e gerar empregos de qualidade. Esses números são reflexo da gestão eficiente do governador Wanderlei Barbosa, que prioriza o desenvolvimento sustentável e a melhoria de vida da população”, afirmou. Os dados do Novo Caged mostram que, no mês de fevereiro, foram registradas no estado 13.961 admissões contra 10.704 desligamentos. O resultado representa um crescimento de 93,29% em relação a janeiro e configura o melhor desempenho dos últimos 12 meses (de março de 2024 a fevereiro de 2025). Em termos relativos, o Tocantins foi o segundo estado com maior variação na criação de vagas frente ao estoque do mês anterior, além de um aumento de 41,98% comparado a fevereiro de 2024, quando foram abertas 2.294 vagas. Desde o lançamento do PICS em janeiro de 2022, o Tocantins já registrou a criação de 41.512 postos de trabalho. A iniciativa, coordenada pela Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços (Sics), busca fomentar negócios, impulsionar a economia e elevar a qualidade de vida no estado. “Estamos no caminho certo, e os resultados comprovam que as políticas públicas voltadas para o empreendedorismo e a geração de renda estão transformando a realidade do Tocantins”, finalizou o secretário Carlos Humberto Lima.

Aberta a consulta a lote da malha fina do Imposto de Renda; saiba como verificar

Cerca de 120 mil contribuintes que caíram na malha fina e regularizaram as pendências com o Fisco podem saber se receberão a restituição. Nessa segunda-feira, 24, a Receita Federal libera a consulta ao lote da malha fina de fevereiro. O lote também contempla restituições residuais de anos anteriores. Ao todo, 120.039 contribuintes receberão R$ 253,88 milhões. Desse total, R$ 168,86 milhões irão para contribuintes com prioridade no reembolso. Leia mais >>Receita Federal começa a receber declarações do Imposto de Renda Contadores participam de encontro para incentivar doações do Imposto de Renda aos fundos municipais Confira o cronograma completo da declaração do Imposto de Renda 2025 Em relação à lista de prioridades, a maior parte, 75.790 contribuintes, informou a chave Pix do tipo Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) na declaração do Imposto de Renda ou usou a declaração pré-preenchida. Desde 2023, a informação da chave Pix dá prioridade no recebimento. Em segundo, há 16.215 contribuintes entre 60 e 79 anos. Em terceiro, vêm 4.013 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério. O restante dos contribuintes prioritários é formado por 3.163 idosos acima de 80 anos e 2.405 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave. A lista é concluída com 18.453 contribuintes que não informaram a chave Pix e não se encaixam em nenhuma das categorias de prioridades legais. Como consultar A consulta pode ser feita na página da Receita Federal na internet. Basta o contribuinte clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, no botão “Consultar a Restituição”. Também é possível fazer a consulta no aplicativo da Receita Federal para tablets e smartphones. Pagamento O pagamento será feito em 31 de março, na conta ou na chave Pix do tipo CPF informada na declaração do Imposto de Renda. Caso o contribuinte não esteja na lista, deverá entrar no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC) e tirar o extrato da declaração. Se verificar pendência, pode enviar declaração retificadora e esperar os próximos lotes da malha fina. Falha no depósito Se, por algum motivo, a restituição não for depositada na conta informada na declaração, como no caso de conta desativada, os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil. Nesse caso, o cidadão poderá agendar o crédito em qualquer conta bancária em seu nome, por meio do Portal BB ou ligando para a Central de Relacionamento do banco, nos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos). Caso o contribuinte não resgate o valor de sua restituição depois de um ano, deverá requerer o valor no Portal e-CAC. Ao entrar na página, o cidadão deve acessando o menu “Declarações e Demonstrativos”, clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, no campo “Solicitar restituição não resgatada na rede bancária”.   Fonte: Agência Brasil 

Sem dívidas com a União, Tocantins não precisou aderir à Recuperação Fiscal

O Tocantins é um dos dois únicos estados brasileiros sem dívidas garantidas pela União, acompanhado do Piauí. Dessa forma, o Governo do Tocantins não precisou aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), instituído pela Lei Complementar n° 159. Essa informação foi compartilhada nessa segunda-feira, 17, após atualização dos dados pelo Sistema de Acompanhamento de Haveres Financeiros com Estados e Municípios (Sahem), do Tesouro Nacional. “Ao contrário de outras unidades da federação que recorreram ao regime para reequilibrar suas finanças, o Tocantins tem mantido sua sustentabilidade fiscal por meio de reformas estruturais”, reforçou o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa. O secretário de Estado da Fazenda, Donizeth Silva, destacou que as medidas adotadas nos últimos anos foram fundamentais para evitar a adesão ao RRF. “O Tocantins não aderiu ao regime, porque não possuíamos dívidas garantidas pela União. Até o exercício de 2019, enfrentamos um grave período de desequilíbrio fiscal, mas, nos últimos anos, realizamos diversas reformas que nos permitiram avançar para a Capag B [classificação de capacidade de pagamento]. Implementamos ajustes no regime previdenciário do Igeprev, com transferência de beneficiários do fundo financeiro para o fundo previdenciário, aumento de alíquotas patronais, pagamento da dívida milionária com o instituto de previdência, o que reduziu significativamente o desequilíbrio nas contas públicas”, explicou o secretário. O secretário Donizeth Silva também ressaltou que, apesar de possuir dívidas com instituições financeiras internas e externas, o Estado não tem nenhuma dívida com a União, um fator que o diferencia da maioria dos estados brasileiros. “Estas ações, como a que reduziu o endividamento do Estado, aliadas a várias outras ações, garantiram que o Estado não precisasse recorrer ao RRF”, completou. Regime de Recuperação Fiscal Criado em 2017, durante o governo do ex-presidente Michel Temer, o Regime de Recuperação Fiscal foi desenvolvido para auxiliar estados em grave crise financeira, permitindo a renegociação de dívidas com condições mais favoráveis. No entanto, a adesão ao regime exige uma série de contrapartidas, incluindo a alienação de participações societárias, a revisão de incentivos e as alterações no regime jurídico dos servidores públicos. “O RRF permite a flexibilização de regras fiscais, a concessão de operações de crédito e a suspensão temporária do pagamento da dívida, desde que os estados adotem medidas rigorosas de controle de gastos e reformas estruturais, no entanto o Tocantins, por possuir excelente saúde financeira e cumprir as regras fiscais na íntegra, não teve necessidade de lançar mão deste instrumento”, finalizou o secretário de Estado da Fazenda, Donizeth Silva.

Em 2025, mais de 4 mil empresas foram abertas no Tocantins; aumento foi de 72%

A Junta Comercial do Estado (Jucetins) registrou mais de 4 mil empresas abertas neste início de 2025. O crescimento representa 72% se comparado ao mesmo período de 2024. Isso significa crescimento para a economia do estado e, consequentemente, geração de empregos formais, renda, arrecadação e fortalecimento do mercado interno de produtos e serviços. Segundo o diretor de Registro Mercantil da Jucetins, Joristé Coelho Santos, em janeiro de 2024, houve o registro de 2.404 novas empresas no Tocantins. Por sua vez, em janeiro de 2025, foram 4.137 novos empreendimentos, o que representa 72% de crescimento de novos negócios no estado mais novo do Brasil. “Os números são significativos e inéditos nos últimos anos, algo muito positivo para a economia da nossa região, a exemplo das cidades que tiveram o maior número de empresas abertas, como Palmas, Araguaína, Gurupi, Porto Nacional, Paraíso e Colinas do Tocantins”, explica. De acordo com o presidente da Jucetins, Issam Saado, este avanço é fruto da modernização dos serviços, da desburocratização dos processos e dos incentivos para o desenvolvimento econômico. “O expressivo crescimento no número de empresas abertas no Tocantins reflete o compromisso do governador Wanderlei Barbosa e de toda a equipe do Governo do Estado em criar um ambiente cada vez mais favorável para o empreendedorismo. Estamos trabalhando para que o empresário tocantinense tenha mais facilidade e segurança para investir, gerando empregos e fortalecendo a economia do nosso estado”, afirma o presidente. Setores com maior crescimento Segundo registros da Jucetins, cinco setores econômicos se destacaram com maior crescimento, tais como o comércio com 1.068 novos negócios, transporte – armazenagem e serviços de entregas rápidas com 495 empresas; a construção civil com 368 novos empreendimentos, e atividades administrativas e serviços com 350, além de atividades científicas e técnicas com 319 novos negócios. Esses dados são referentes ao período de janeiro de 2025. O empresário no ramo de segurança eletrônica em Palmas, Antônio Gomes, foi um dos que expandiu o negócio nesse início de 2025. Era Microempreendedor Individual (MEI) e passou a ser Microempresa a fim de ter mais opções de crescimento, como acesso a linhas de crédito mais vantajosas com a nova categoria empresarial. “Eu abri a empresa a fim de expandir o negócio tanto na parte de prestação de serviços quanto na parte de investimentos no capital material e humano. Estou me organizando para atender não somente a área urbana, mas também a rural, para pessoas físicas, empresa privada e órgãos públicos. Minha meta é oferecer um serviço inovador com qualidade e avanço tecnológico”, pontua.

Economia brasileira cresce 3,4% em 2024, maior alta desde 2021

A economia brasileira cresceu 3,4% em 2024, a maior expansão desde 2021. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) foi divulgado na manhã desta sexta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento. De acordo com o IBGE, o PIB brasileiro chega a R$ 11,7 trilhões. Os setores de serviços e indústria empurraram o PIB para cima, com altas de 3,7% e 3,3%, respectivamente, na comparação com 2023. Por outro lado, a agropecuária apresentou recuo de 3,2%. Crescimento do nos últimos anos: 2020 (início da pandemia): -3,3% 2021: 4,8% 2022: 3% 2023: 3,2% 2024: 3,4% O PIB pode ser calculado pela ótica da produção (análise do desempenho das atividades econômicas) ou do consumo (gastos e investimentos). Pelo lado da produção, o IBGE destaca que três segmentos foram responsáveis por cerca da metade do crescimento do PIB em 2024: – Outras atividades de serviços (5,3%) – Indústria de transformação (3,8%) – Comércio (3,8%) Especificamente dentro da indústria, o destaque foi a construção, com alta de 4,3%. A agropecuária apresentou queda depois de ter crescido 16,3% em 2023. Entre os motivos para o recuo estão efeitos climáticos diversos, que impactaram várias culturas importantes da lavoura, tendo como destaque a soja (-4,6%) e o milho (-12,5%). Consumo Pelo lado do consumo, o destaque foi o consumo das famílias, que se expandiu 4,8%. De acordo com a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, a explicação está ligada à disponibilidade de renda para a população. “Para o consumo das famílias tivemos uma conjunção positiva, como os programas de transferência de renda do governo, a continuação da melhoria do mercado de trabalho e os juros que foram, em média, mais baixos que em 2023”, analisa. O Brasil terminou 2024 com taxa de desemprego de 6,6%, a menor já registrada. Segundo o IBGE, a taxa básica de juros (Selic) média de 2024 ficou em 10,9% ao ano (a.a.), contra 13% a.a. em 2023. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que representa os investimentos, também foram destaque, com alta de 7,3%. Apesar de ser uma alta superior ao consumo das famílias, tem peso menor no cálculo do PIB. O consumo do governo cresceu 1,9% As importações apresentaram alta de 14,7% em 2024; e as exportações, 2,9%. Quarto trimestre No quarto trimestre, especificamente, a economia se expandiu 0,2%, o que é considerável estabilidade. Para Palis, um dos motivos de o país não ter crescido mais nos três meses do ano foi a inflação e o aumento dos juros – medida do Banco Central para combater o aumento de preços, porém com efeito de freio na atividade econômica. “No quarto trimestre de 2024 o que chama atenção é que o PIB ficou praticamente estável, com crescimento nos investimentos, mas com queda no consumo das famílias. Isso porque no quarto trimestre tivemos um pouco de aceleração da inflação, principalmente a de alimentos”, diz Palis”. “Continuamos tendo melhoria no mercado de trabalho, mas com uma taxa já não tão alta. E os juros começaram a subir em setembro do ano passado, o que já impactou no quarto trimestre”, explica Rebeca. O PIB per capita – que representa o PIB dividido pelo número de habitantes – alcançou R$ 55.247,45, um avanço de 3% ante 2023, já descontada a inflação.

Começa nesta quinta pagamento especial do saque-aniversário do FGTS; saiba se você tem direito

Os trabalhadores que aderiram ao saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e foram demitidos sem justa causa de janeiro de 2020 até o fim de fevereiro deste ano começam a receber, nesta quinta-feira (6), o saldo integral dos depósitos dos antigos empregadores. O dinheiro estava bloqueado para quem optou por essa modalidade de saque, mas foi liberado por uma medida provisória (MP). Recebem nesta quinta os trabalhadores nascidos em janeiro, fevereiro, março e abril e quem vinculou a conta bancária ao aplicativo FGTS, da Caixa Econômica Federal. Nessa etapa serão feitos pagamentos de até R$ 3 mil. Quem tem saldo retido maior que esse valor receberá a diferença em junho. A MP que permitiu o saque antecipado foi publicada na última sexta-feira (28) no Diário Oficial da União. Ao todo, serão beneficiados 12,1 milhões de trabalhadores, que receberão R$ 12 bilhões. O governo esclareceu que a MP é excepcional e retroativa, não beneficiando os futuros demitidos. Os trabalhadores dispensados sem justa causa a partir de março e que optaram pelo saque-aniversário continuarão a ter o saldo retido, recebendo apenas a multa rescisória de 40%. As demais regras do saque-aniversário não foram alteradas. Entenda a nova rodada de saques do FGTS para quem tem saque-aniversário. Dos 12,1 milhões de trabalhadores beneficiados, apenas 2,5 milhões vão ter direito ao saldo integral dos depósitos feitos pelos antigos empregadores no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Os 9,6 milhões restantes terão descontada a antecipação do saque-aniversário, tipo de empréstimo oferecido por instituições financeiras. O dinheiro será pago pela Caixa Econômica Federal em duas etapas: uma em março e outra em junho. Quem cadastrou a conta bancária no aplicativo FGTS, cerca de 85% do público-alvo, receberá independentemente do mês de nascimento. Calendário Valores até R$ 3 mil •     6 de março: nascidos em janeiro, fevereiro, março e abril e quem vinculou a conta bancária ao aplicativo FGTS; •     7 de março: nascidos em maio, junho, julho e agosto; •     10 de março: nascidos em setembro, outubro, novembro e dezembro. Valores acima de R$ 3 mil •     Diferença entre os R$ 3 mil sacados em março e o restante do saldo bloqueado; •     17 de junho: nascidos em janeiro, fevereiro, março e abril e quem vinculou a conta bancária ao aplicativo FGTS; •     18 de junho: nascidos em maio, junho, julho e agosto; •     20 de junho: nascidos em setembro, outubro, novembro e dezembro.