Tuberculose: Anualmente, cerca de 10 milhões de pessoas são infectadas; conheça os sintomas

Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) apontam que, em 2023, foram contabilizados 218 novos casos de Turbeculose no Tocantins. Já em 2024, foram 227 novos registros da doença. Segundo o Ministério da Saúde (MS), em todo o mundo, a cada ano, cerca de 10 milhões de pessoas são infectadas. “A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria mycobacterium tuberculosis e afeta principalmente os pulmões, mas pode acometer uma série de órgãos e sistemas”, explica o responsável pela área técnica da tuberculose da Secretaria de Estado da Saúde (SES/TO), Rhonner Uchôa. Para promover ações que garantam os cuidados com a população, a SES/TO também fomenta as atividades da Semana Nacional de Mobilização e Luta Contra a Tuberculose, que ocorre entre os dias 24 a 31 de março. Rhonner Uchôa enfatiza que a ação tem os objetivos de alertar a sociedade sobre os sinais e sintomas da tuberculose; incentivar a procura pelos serviços de saúde; mobilizar os profissionais de saúde quanto à busca ativa de casos novos; realização de exames de escarro e realização de exame dos contatos entre os registrados; divulgar a oferta de tratamento completo no Sistema Único de Saúde (SUS); e promover atividades de educação em saúde que favoreçam a redução do estigma e do preconceito que permeiam a doença. Sintomas e transmissão São sintomas da tuberculose: Tosse seca contínua com presença de secreção por mais de três semanas Cansaço excessivo Febre baixa geralmente à tarde Sudorese noturna Falta de apetite Palidez Emagrecimento acentuado Fraqueza e Prostração. Já a transmissão é direta e pode ser passada de pessoa para pessoa. Quem está doente expele ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso, podendo ser aspirada por outro indivíduo, realizando a contaminação. Diagnóstico e tratamento O diagnóstico da tuberculose pode ser realizado pelo exame do escarro, por meio do Teste Rápido Molecular (TRM-TB), ou de exames complementares de baciloscopia e cultura. Outros exames podem auxiliar no diagnóstico, como por exemplo, o raio-x de tórax, o teste tuberculínico e o histopatológico. O tratamento para os pacientes é disponibilizado gratuitamente pelo SUS e compreende duas fases: intensiva e de manutenção. Deve ser feito por um período mínimo de seis meses, sem interrupção, diariamente. Na fase intensiva, os fármacos utilizados para o tratamento são: Rifampicina (R), Isoniazida (H), Pirazinamida (Z) e Etambutol (E) nos dois primeiros meses, denominando o esquema Básico (RHZE). Na fase de manutenção, são utilizados os fármacos: Rifampicina (R), Isoniazida (H) nos quatro meses restantes. Prevenção A vacina BCG Bacilo previne contra as formas graves da tuberculose, a meníngea e a miliar, e é feita com o bacilo de Calmette-Guérin, uma forma enfraquecida da bactéria que causa a tuberculose. A imunização é indicada para crianças menores de 5 anos de idade, administrada com dose única ao nascer. A identificação e tratamento oportuno de pessoas com a infecção latente da tuberculose também contribui para a prevenção de novos casos, por isso, campanhas de conscientização são necessárias. Com informações da SECOM/TO.
Araguaína vai receber ambulância para ampliar frota do SAMU 192

A cidade de Araguaína, no Tocantins, será uma das 559 cidades contempladas com a entrega de novas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192). A Unidade de Suporte Avançado (USA) destinada a Araguaína é equipada com recursos modernos para garantir melhores condições de atendimento em situações de emergência. O anúncio foi feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesta sexta-feira (14), durante a cerimônia de entrega de 789 novas ambulâncias, em Sorocaba, São Paulo. Essa é a maior entrega de ambulâncias da atual gestão, parte fundamental da estratégia para redução do tempo de espera no Sistema Único de Saúde (SUS). A renovação e ampliação da frota foram viabilizadas pelo Novo PAC, com investimento de mais de R$ 243,5 milhões. No total, já são 2.066 ambulâncias entregues pela gestão do presidente Lula. Do total de ambulâncias entregues, 703 são destinadas à renovação da frota em 501 cidades de 13 estados. Outras 86 ambulâncias – conhecidas como Unidades de Suporte Avançado (USA) – são totalmente novas e vão expandir o serviço em 72 cidades de 17 estados. O Ministério da Saúde não entregava unidades desse tipo desde 2018. Essas Unidades de Suporte Avançado terão capacidade de atender 20,4 milhões de pessoas, sendo que 1,7 milhão estavam sem cobertura do serviço. Com essa entrega, a cobertura populacional do SAMU 192 sobe de 88,42% para 89,40%. Com mais essa entrega do Governo Federal, a expectativa é que mais vidas sejam salvas, sequelas evitadas e que o cuidado no momento certo seja expandido em todo o país. Em Mossoró, no Rio Grande do Norte, por exemplo, o tempo de resposta para urgências será reduzido de 40 para 15 minutos. O Governo Federal já investiu R$ 2,18 bilhões na aquisição de mais de 13 mil veículos para o SAMU 192 desde sua criação em 2003, na primeira gestão do presidente Lula. No entanto, o serviço, fundamental para atendimentos de urgência e emergência, enfrentou desafios relacionados à expansão e renovação da frota. Entre 2017 e 2022, a cobertura estagnou, deixando 28 milhões de brasileiros sem acesso ao serviço. Entre 2019 e 2022, apenas 366 veículos foram entregues para a população. O governo Lula, de janeiro de 2023 até fevereiro de 2025, retomou a expansão do SAMU e já entregou 1.277 novas ambulâncias para todos os estados brasileiros. A previsão é que, em 2025, sejam entregues 1,3 mil veículos no total. A universalização do Samu 192 é um compromisso da atual gestão e, para isso, a previsão é que Ministério da Saúde entregue mais 2,3 mil veículos até o final de 2026. Nesse cenário, a aquisição de veículos em 2024, com entregas previstas para 2024 e 2025, marca o maior investimento da história do SAMU, ultrapassando R$ 634,9 milhões, além de ser a segunda maior em termos de quantidade de veículos adquiridos. Confira o total de ambulâncias por estado e por município Atenção, gestor: Novo PAC está com inscrições abertas Gestores dos estados e municípios já podem solicitar a ampliação ou renovação da frota do Samu 192 por meio da edição 2025 do PAC Seleções da Saúde. A etapa de inscrições vai até o dia 31 de março. Nessa fase, ao todo, serão distribuídas 1,5 mil ambulâncias. O Ministério da Saúde prevê fazer a entrega de outras 394 ambulâncias nos próximos meses: 156 em Brasília, ainda este mês; 45 em Sete Lagoas (MG) em abril; e 193 em Lauro de Freitas (BA) em maio. Fonte: GOV
Um a cada três brasileiros vive com obesidade, mostra relatório global

Aproximadamente um a cada três brasileiros, 31%, vive com obesidade e essa porcentagem tende a crescer nos próximos cinco anos. No país cerca da metade da população adulta, entre 40% e 50%, não pratica atividade física na frequência e intensidade recomendadas. Os dados são do Atlas Mundial da Obesidade 2025 (World Obesity Atlas 2024), da Federação Mundial da Obesidade (World Obesity Federation – WOF), lançado nessa segunda-feira (3). O relatório mostra que, no Brasil, 68% da população tem excesso de peso e, dessas, 31% tem obesidade e 37% tem sobrepeso. O Atlas traz ainda uma projeção de que o número de homens com obesidade até 2030 pode aumentar em 33,4%. Entre as mulheres, essa porcentagem pode crescer 46,2%. O sobrepeso e a obesidade podem trazer riscos. Segundo o Atlas, 60,9 mil mortes prematuras no Brasil podem ser atribuídas as doenças crônicas não transmissíveis devido ao sobrepeso e obesidade, como diabetes tipo 2 e Acidente Vascular Cerebral (AVC) – a informação é baseada em dados de 2021. Diante desse cenário, o endocrinologista Marcio Mancini, diretor do Departamento de Tratamento Farmacológico da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso) e diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), diz que o Brasil precisa tratar o sobrepeso e a obesidade com uma questão de saúde pública. “É um problema de saúde pública, não dá mais para responsabilizar um indivíduo. Não dá para falar para aquela pessoa que sai às 5h da manhã de casa e chega em casa às 21h, que passa várias horas em transporte público, para comer mais frutas e legumes e ir para academia fazer exercício”, defende. “O problema de saúde pública tem que ser enfrentado com medidas de saúde pública”, enfatiza. Ele cita exemplos de medidas como aumentar as taxas de bebidas açucaradas como formas de conscientizar a população e colocar avisos nos rótulos dos alimentos de que aquele produto possui altas taxas de açúcares adicionados, gorduras saturadas e sódio. Mas reforça que ainda são necessárias outras ações, como reduzir os preços de alimentos saudáveis e campanhas permanentes nas escolas. “Tem um dia por ano que se fala de alimentação saudável na escola. Isso não adianta absolutamente nada. Ninguém vai mudar a sua alimentação por escutar uma vez do ano alguma coisa sobre a alimentação saudável. Tem muito a ser feito”, diz o médico. Ele acrescenta que até mesmo medidas de segurança pública e urbanismo podem incentivar e permitir que a população tenha uma melhor qualidade de vida. “Até mesmo violência urbana, iluminação urbana [têm impacto] porque as pessoas têm medo de andar na rua. As pessoas poderiam usar menos o carro e usar transporte público, se o transporte público fosse de qualidade”, diz. “Ter parques em todas as regiões da cidade, não só em regiões privilegiadas, ter calçadas adequadas para as pessoas caminharem. Vai muito além de só falar para a pessoa, olha, coma direito e vá se movimentar”. Situação no mundo De acordo com o Atlas, atualmente, mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo vivem com obesidade. Projeções indicam que esse número pode ultrapassar 1,5 bilhão até 2030, caso medidas efetivas não sejam implementadas. O relatório mostra que dois terços dos países estão despreparados para lidar com o aumento dos níveis de obesidade, com apenas 7% tendo sistemas de saúde adequadamente preparados. A obesidade está ligada a 1,6 milhão de mortes prematuras anuais por doenças não transmissíveis, superando as fatalidades em acidentes de trânsito. A Federação Mundial da Obesidade calcula um possível aumento de 115% na obesidade entre 2010 e 2030, e pede que a questão seja tratada por “toda a sociedade”, com políticas como rotulagem de alimentos, tributação e promoção da atividade física. O relatório mostra que os índices brasileiros são melhores que os dos Estados Unidos, por exemplo, com 75% da população com excesso de peso e, dentro desse grupo, 44% das pessoas com obesidade. Mas, na outra ponta, são piores que países como a China, com 41% da população com excesso de peso e, desses, 9% com obesidade. “Apesar de a alimentação do brasileiro estar piorando ano a ano, cada vez se come menos arroz e feijão e se come mais esses alimentos processados, o Brasil não come tanto ultraprocessado como os Estados Unidos, por exemplo. É o momento de tentar reverter esse cenário”, defende Mancini. Mudar o Mundo Pela Saúde Diante desses dados, a campanha Mudar o Mundo Pela Saúde busca mobilizar governos, organizações de saúde e toda a sociedade para promover mudanças. Esta terça-feira (4) é o Dia Mundial da Obesidade, que buscar conscientizar população e governos sobre a obesidade. Como parte da campanha no Brasil, a Abeso, em parceria com a Sociedade SBEM, lança o e-book gratuito Mudar o Mundo Pela Nossa Saúde, que tem como objetivo analisar e propor mudanças em políticas públicas, iniciativas privadas e diversos setores para criar sistemas mais eficazes na prevenção e tratamento da obesidade.