Tocantins lança o maior projeto de combate a incêndios da história

O projeto Foco no Fogo 2025 vai envolver mais de 70 municípios e iniciará suas atividades de forma antecipada nesta quarta-feira (9) com o maior plano de combate a incêndios do estado já construído, segundo o Governo do Tocantins. O Foco no Fogo foi idealizado pela primeira-dama do estado, Karynne Sotero, enquanto atuava como secretária-executiva da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh). Na ocasião, ela comentou sobre a evolução da iniciativa, destacando os avanços conquistados durante os anos em execução, contribuindo para a diminuição dos focos de incêndio no estado. “Já alcançamos mais de 50 mil pessoas com o projeto Foco no Fogo e, este ano, nossas expectativas são ainda maiores. Temos visto uma redução nas queimadas no Tocantins e esperamos que esse número continue caindo. O projeto é, acima de tudo, um trabalho de educação ambiental, mas também tem um forte impacto social. É por meio dele que levo os meus projetos sociais, porque é ali, no contato direto com a população, que enxergamos as reais necessidades do nosso estado. O projeto já é reconhecido internacionalmente, na Suíça, o Tocantins é referência mundial por meio do Foco no Fogo”, ressaltou. Foco no Fogo Criado em 2020, o Foco no Fogo realiza trabalhos em territórios propícios às queimadas, alertando a população sobre os riscos e os prejuízos causados pelas queimadas irregulares, bem como pelos incêndios florestais. A iniciativa tem como objetivo principal promover a educação ambiental e conscientizar os proprietários rurais sobre os riscos e os prejuízos das queimadas. A iniciativa ganha ainda mais força ao unir, de forma simultânea, palestras em escolas e visitas técnicas às propriedades rurais com histórico de focos de incêndio. A proposta é envolver diretamente tanto quem produz no campo quanto os estudantes, que representam o futuro das decisões ambientais no Tocantins. A ação conta com um mapeamento detalhado realizado pela Semarh, que identifica os municípios e as propriedades com maiores índices de queimadas nos últimos anos. A partir desses dados, as equipes técnicas são direcionadas para as regiões prioritárias, onde desenvolvem atividades educativas e orientações práticas. Na edição anterior, o Foco no Fogo realizou 1.762 visitas e promoveu 1.825 ações educativas, atingindo diretamente 15.425 pessoas em 71 municípios tocantinenses. Lagoa da Confusão, Paranã, Santa Fé do Araguaia e Aguiarnópolis foram os municípios com maior número de ações realizadas. Neste ano, a expectativa é manter ou ampliar o alcance, conforme a demanda dos municípios.
Tocantins registra redução de 33,5% na área queimada

O Governo do Tocantins registrou redução na área queimada e nos focos de incêndio nos meses de janeiro e fevereiro de 2025. O Boletim Mensal do Fogo no Tocantins n° 04/2025, publicado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) na última terça-feira, 25, aponta o registro de 1.584 hectares de área queimada no acumulado do primeiro bimestre, uma redução de 33,5% em comparação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 2.383 hectares impactados. Outra redução registrada no boletim foi a de focos de incêndio, com o acumulado de 93 ocorrências nos dois primeiros meses do ano, o que representa uma queda de 43,6% em relação às 165 registradas no mesmo período de 2024. O monitoramento das queimadas no estado é realizado pelo Centro de Inteligência Geográfica em Gestão do Meio Ambiente (Cigma), da Semarh, que reúne cálculos comparativos da área queimada com dados do Monitor do Fogo do MapBiomas, além de registros de focos de incêndio do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O secretário Marcello Lelis destaca que as reduções nos registros devem ser analisadas com cautela, uma vez que o estado ainda está no período de chuvas localizadas e se aproxima da estiagem. “Nosso monitoramento está atento aos diversos fatores relacionados à série histórica de redução de área queimada e de focos no estado. Não podemos flexibilizar o compromisso com a prevenção e os cuidados no uso do fogo”, pontua o secretário, que também alerta para a necessidade de atenção redobrada. “Subir no ranking de registros de incêndios de grandes proporções pode ser muito rápido. Basta uma faísca combinada com baixa umidade, alta temperatura e ventos fortes. Com as mudanças climáticas, esse período pode chegar mais cedo em algumas microrregiões do estado, e, por isso, todos devemos manter o bom senso e intensificar os cuidados. A adoção de medidas preventivas deve ser uma rotina permanente do nosso compromisso ambiental e com a vida”, concluiu o secretário. Os cinco municípios mais afetados, nesse total de área queimada, teve registro acima de 4,10% e entre esses estão Ponte Alta do Bom Jesus (11,45%); Aurora do Tocantins (8,99%); Santa Rita do Tocantins (8,13%); Mateiros (6,39%); e Pium (6,12%). Na distribuição, por microrregiões, as cinco mais afetadas foram Dianópolis (28,23%), Rio Formoso (20,46%), Jalapão (12,93%), Araguaína (10,98%) e Miracema do Tocantins (9,34%); ficando na desvantagem em relação às microrregiões de Gurupi (9,21%), Porto Nacional (6,97%) e Bico do Papagaio (1,97%). A distribuição da área total queimada no estado teve 9,40% das ocorrências no bioma Amazônico; e 90,60% no bioma Cerrado. Já a distribuição dos focos de queimadas, por município, teve cinco cidades com registro maior que 4,30% do total contabilizado no 1º bimestre, entre elas Ponte Alta do Tocantins (10,75%); Pedro Afonso (8,60%); Natividade (7,53%); Mateiros (6,45%); e Dianópolis (5,38%). Na distribuição por microrregiões, se destacam entre as mais afetadas, Dianópolis (29,03%), Jalapão (19,35%), Porto Nacional (13,98%), Rio Formoso (10,75%) e Bico do Papagaio (9,68%), ficando na desvantagem em relação às microrregiões de Miracema do Tocantins (8,60%), Gurupi (4,30%) e também Araguaína (4,30%). A distribuição dos focos de queimadas por biomas aponta que 4,30% foram registradas no bioma Amazônico e 95,70% no Cerrado. O Boletim Mensal do Fogo no Tocantins n° 04/2025 está disponível para consulta no site da Semarh.