O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, incentivou os trabalhadores a recorrerem ao novo consignado privado como alternativa para substituir dívidas antigas por outras com juros mais baixos.
“Em vez de se endividar, procure trocar sua dívida cara por uma barata. As vezes você já está com uma dívida, ou no cartão de crédito, ou no crédito ao consumidor, ou com alguém do bairro que cobra uma taxa de juros elevada. A primeira maneira de organizar sua vida é: troque sua dívida cara por uma barata”, afirmou o ministro na última segunda-feira (7).
Uma das principais críticas ao programa por parte do mercado é que, em um momento de inflação acima da meta, um programa que libera crédito poderia contribuir para uma atividade aquecida, consequentemente aumentando ainda mais a inflação.
A estratégia de comunicação do governo, porém, vai justamente na linhe de se usar o dinheiro do programa para limpar seu nome, substituindo dívidas antigas e mais caras, e não no consumo.
Crédito consignado CLT
Ao todo, mais de 47 milhões de trabalhadores poderão ser beneficiados com o novo programa, que abrange empregados CLT em geral, incluindo empregados domésticos, trabalhadores rurais e contratados por microempreendedores individuais (MEIs), desde que formalizados.
O programa permitirá o acesso de mais de 80 bancos e instituições financeiras ao perfil de trabalhadores com carteira assinada através do eSocial, sistema eletrônico obrigatório que unifica informações trabalhistas, previdenciárias e fiscais de empregadores e empregados de todo o país.
Após o empréstimo ser contratado, o desconto das parcelas será na folha de salários, mensalmente pelo eSocial, o que deve permitir que as taxas de juros sejam inferiores às praticadas atualmente no consignado por convênio. Após a contratação, o trabalhador acompanha mês a mês as atualizações do pagamento das parcelas.