O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) respondeu com ironia e bom humor ao tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Em vídeo publicado nas redes sociais da primeira-dama, Janja Lula da Silva, neste domingo (13), Lula apareceu chupando jabuticaba e ofereceu a fruta ao presidente norte-americano Donald Trump.
“Duvido que alguém que chupe jabuticaba fique de mau humor”, afirmou Lula. “Vou levar jabuticaba pra você, Trump, e você vai perceber que o cara que come jabuticaba de manhã, num país que só ela dá, não precisa de briga tarifária, precisa de muita união e muita relação diplomática.”
RECADO DIPLOMÁTICO VIRALIZA
O vídeo, compartilhado por Janja no início da tarde, mostra o presidente vestindo um agasalho com a bandeira do Brasil. Na legenda, a primeira-dama escreveu: “Duas coisas genuinamente brasileiras: jabuticaba e o presidente Lula”.
A publicação tem circulado amplamente nas redes sociais e vem sendo interpretada como uma tentativa de minimizar a tensão diplomática gerada pelo recente anúncio de medidas econômicas de retaliação feitas por Trump, após o avanço do processo judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
GOVERNO CONVOCA REUNIÃO
Apesar do tom descontraído no vídeo, o Palácio do Planalto convocou para este domingo (13) uma reunião ministerial de emergência para discutir o impacto do aumento tarifário anunciado pelo governo dos EUA. A medida afeta setores estratégicos da economia brasileira e será avaliada por ministros da Fazenda, Agricultura, Relações Exteriores e Desenvolvimento.
O tarifaço foi interpretado pelo governo brasileiro como uma retaliação direta ao andamento do processo que investiga a tentativa de golpe de Estado por Bolsonaro, o que tem aumentado a pressão sobre a diplomacia brasileira.
SÍMBOLO DE UNIÃO DIPLOMÁTICA
Ao usar a jabuticaba como símbolo de brasilidade e paz, Lula adota uma estratégia de comunicação que mistura ironia, leveza e mensagem política. A fruta, típica do Brasil, foi usada como uma espécie de antídoto simbólico para o que ele chamou de “mau humor tarifário”.
Apesar da leveza na fala, a crise entre os dois países pode se intensificar, e novas ações diplomáticas devem ser anunciadas após o encontro ministerial.