Um novo protocolo para lidar com os casos suspeitos de sarampo foi implantado no Hospital Municipal de Araguaína (HMA) e no Pronto Atendimento Infantil (PAI). A medida visa proteger pacientes, acompanhantes e profissionais da saúde, além de reforçar as medidas de vigilância epidemiológica.
Segundo a Dra. Elena Medrado, diretora técnica do HMA, a partir de agora, os pacientes com quadros de febre e manchas na pele, associados a outros sintomas compatíveis com o quadro de sarampo, serão tratados como suspeita clínica.
“O paciente e o acompanhante deverão usar máscara, uma pulseira de sinalização e também haverá coleta de materiais como sangue, urina, gotículas respiratórias via swab nasal e orofaríngeo para envio ao LACEN (Laboratório Central de Saúde Pública do Tocantins), além da formalização da notificação para os órgãos de saúde estadual e federal”, informa a diretora.
Para os profissionais de saúde que trabalham nas unidades, as medidas de segurança incluem uso obrigatório de equipamentos de proteção individual (EPIs), como máscara, touca e avental, além de óculos de proteção durante a coleta de swab, que é um dispositivo, semelhante a um cotonete, usado para colher amostras de fluidos ou tecidos.
As medidas instituídas auxiliam na notificação e controle da doença em ambas as unidades, geridas pelo Instituto Saúde e Cidadania (ISAC), com apoio da Secretaria de Saúde de Araguaína. “O vírus que causa o sarampo é mais transmissível que a covid-19 e a doença pode, sim, se agravar em crianças e idosos, e pessoas imunossuprimidas com quadros de encefalite, por exemplo, entre outras situações”, acrescenta a médica.
Vacina em dia
Devido à procura considerável pelo HMA e PAI, é importante que a população atualize a caderneta vacinal. “Nós não temos registro de atendimento de pacientes com quadros suspeitos, nem no PAI e tampouco do HMA, mas sabemos que somos procurados por cidades vizinhas por sermos referência no atendimento infantil. Por isso, a celeridade em traçar um novo protocolo que traga segurança para a população e acesso ao atendimento adequado para quem está doente”, explica a pediatra.
A diretora finaliza reforçando que qualquer paciente que teve contato com casos suspeitos ou confirmados deve informar à equipe de atendimento de saúde. Já em caso de piora no quadro clínico, deve-se buscar atendimento o quanto antes. “O curso natural da doença é de cinco a sete dias, então, se perceber que a criança está piorando os sintomas clínicos, é preciso buscar ajuda especializada o mais rápido possível”, conclui.