Consulta pública sobre regulação de redes sociais vai até o dia 17

A consulta pública lançada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) nesta semana para receber contribuições da sociedade sobre princípios para regulação de plataformas digitais de redes sociais no Brasil está aberta até 17 de junho. A proposta preliminar com dez princípios pode ser acessada na plataforma Diálogos. Os dez princípios elaborados pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil são: Soberania e segurança nacional; Liberdade de expressão, privacidade e direitos humanos; Autodeterminação informacional; Integridade da Informação; Inovação e desenvolvimento social; Transparência e prestação de contas; Interoperabilidade e portabilidade; Prevenção de danos e responsabilidade; Proporcionalidade regulatória; Ambiente regulatório e Governança Multissetorial. Em nota, a coordenadora do CGI.br, Renata Mielli, explica que a mobilização da sociedade em torno deste debate tem o propósito de ajudar no avanço da regulação de plataformas digitais no país. “Nosso entendimento é que esses princípios devem equilibrar o poder das plataformas com a responsabilização por efeitos nocivos causados à sociedade, garantindo transparência, proporcionalidade, respeito à diversidade e aos direitos humanos.” A proposta No documento da proposta preliminar, as redes sociais são definidas como serviços digitais que permitem a criação, publicação, compartilhamento e circulação de conteúdos gerados por usuários, além da interação social entre pessoas, grupos ou perfis públicos. O material ainda enfatiza que as redes sociais operam por meio de mecanismos “frequentemente monetizados por publicidade ou serviços pagos, e desempenham papel central na formação de redes de informação, expressão, influência e mercado”, diz a nota do Comitê Gestor da Internet no Brasil. O documento disponível defende que a regulação deve ser orientada por princípios que garantam a defesa da soberania nacional, da democracia, assim como a proteção dos direitos fundamentais, a promoção de um ambiente de informações saudáveis, a preservação da liberdade de expressão e o estímulo à inovação.
Estudo aponta riscos de tecnologias de reconhecimento facial

Sorria! Seu rosto está sendo não só filmado, mas também classificado, comparado e identificado, principalmente por órgãos públicos de segurança. Na maioria das vezes sem seu conhecimento. É o que mostra pesquisa da Defensoria Pública da União (DPU) em parceria com o Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), instituição acadêmica vinculada à Universidade Candido Mendes, no Rio de Janeiro. Divulgado nesta quarta-feira (7), o relatório Mapeando a Vigilância Biométrica aponta que, após sediar a Copa do Mundo, em 2014, o Brasil se tornou um vasto campo de vigilância digital onde as chamadas tecnologias de Reconhecimento Facial (TRFs) encontraram solo fértil para se espalhar. Graças, em parte, à promessa de facilitar a identificação de criminosos e a localização de pessoas desaparecidas. “O reconhecimento facial vem sendo amplamente incorporado por órgãos públicos no Brasil, em processo que começou com a realização dos megaeventos no país – especialmente a Copa do Mundo de Futebol, em 2014, e os Jogos Olímpicos, em 2016”, sustentam os defensores públicos federais da DPU e membros do CESeC, referindo-se às sofisticadas e caras câmeras de reconhecimento facial, cada vez mais presentes na paisagem urbana. Segundo os pesquisadores, em abril deste ano havia, no Brasil, ao menos 376 projetos de reconhecimento facial ativos. Juntos, esses empreendimentos têm o potencial de vigiar quase 83 milhões de pessoas, o equivalente a cerca de 40% da população brasileira. E já movimentaram ao menos R$ 160 milhões em investimentos públicos – valor calculado a partir das informações que 23 das 27 unidades federativas forneceram aos responsáveis pelo estudo – não responderam à pesquisa, feita entre julho e dezembro de 2024, o Amazonas, Maranhão, a Paraíba e Sergipe. “A despeito de todo esse cenário, as soluções regulatórias estão atrasadas”, sustentam os pesquisadores da DPU e do CESeC, assegurando que o Brasil ainda não tem leis para disciplinar o uso dos sistemas de vigilância digital, em particular das câmeras de reconhecimento facial. Além disso, para os especialistas, faltam mecanismos de controle externo, padrões técnico-operacionais uniformes e transparência na implementação dos sistemas. O que amplia as chances de ocorrerem erros graves, violações de privacidade, discriminação e mau uso de recursos públicos. Erros Em outro levantamento, o CESeC mapeou 24 casos ocorridos entre 2019 e abril de 2025, nos quais afirma ter identificado falhas dos sistemas de reconhecimento facial. O mais conhecido deles é o do personal trainer João Antônio Trindade Bastos, de 23 anos. Em abril de 2024, policiais militares retiraram Bastos da arquibancada do Estádio Lourival Batista, em Aracaju (SE), durante a partida final do Campeonato Sergipano. Eles conduziram o rapaz até uma sala, onde o revistaram de forma ríspida. Só após checarem toda a documentação de Bastos, que teve que responder a várias perguntas para comprovar que era quem ele dizia ser, os PMs revelaram que o sistema de reconhecimento facial implantado no estádio o tinha confundido com um foragido. Indignado, Bastos usou as redes sociais para fazer um desabafo contra a injustiça sofrida. A repercussão do caso levou o governo de Sergipe a suspender o uso da tecnologia pela PM – que, segundo notícias da época, já a tinha usado para deter mais de dez pessoas. Bastos é negro. Como a maioria das pessoas identificadas pelos sistemas de vigilância e reconhecimento facial, no Brasil e em outros países – de acordo com o relatório da DPU e do CESeC, há indicadores de que 70% das forças policiais do mundo têm acesso a algum tipo de TRF e que 60% dos países têm reconhecimento facial em aeroportos. No Brasil, “mais da metade das abordagens policiais motivadas por reconhecimento facial resultaram em identificações equivocadas, evidenciando o risco de prisões indevidas”. “As preocupações com o uso dessas tecnologias não são infundadas”, alertam os especialistas, citando pesquisas internacionais segundo as quais, em alguns casos, as taxas de erros dos sistemas são “desproporcionalmente elevadas para determinados grupos populacionais, sendo de dez a 100 vezes maiores para pessoas negras, indígenas e asiáticas em comparação com indivíduos brancos”. Essa constatação motivou o Parlamento Europeu a, em 2021, alertar que “[as] imprecisões técnicas dos sistemas de Inteligência Artificial [IA], concebidos para a identificação biométrica a distância de pessoas singulares, podem conduzir a resultados enviesados e ter efeitos discriminatórios.” Legislação Ao tratar dos “desafios institucionais e normativos”, os pesquisadores lembram que, em dezembro de 2024, o Senado aprovou o Projeto de Lei n.º 2338/2023, que busca regulamentar o uso de inteligência artificial, incluindo sistemas biométricos na segurança pública. Para se tornar lei, a proposta terá que ser aprovada pela Câmara dos Deputados que, no mês passado, criou uma comissão especial para debater o tema. Além disso, para os pesquisadores da DPU e do CESeC, embora o PL proponha a proibição do uso de sistemas de identificação biométrica a distância e em tempo real em espaços públicos, o texto aprovado pelo Senado prevê tantas exceções que, na prática, funciona “como uma autorização ampla para a implementação” desses sistemas. “As categorias de permissões [no texto aprovado] incluem investigações criminais, flagrante delito, busca por desaparecidos e recaptura de foragidos, situações que abrangem um espectro considerável de atividades da segurança pública. Considerando o histórico de abusos e a falta de mecanismos eficazes de controle, essa abertura para uso acaba mantendo a possibilidade de um estado de vigilância e de violação de direitos.” Recomendações Os pesquisadores concluem defendendo a urgência de um “debate público qualificado”, com a participação ativa da sociedade civil, membros da academia e representantes de órgãos públicos de controle e de organismos internacionais. Eles também recomendam o que classificam como “medidas urgentes”, como a aprovação de uma lei nacional específica para regulamentar o uso da tecnologia; a padronização de protocolos que respeitem o devido processo legal e a realização de auditorias independentes e regulares. Os especialistas também apontam a necessidade de que os órgãos públicos deem mais transparência aos contratos e às bases de dados utilizados, garantindo o acesso da população a informações claras sobre os sistemas de reconhecimento facial e capacitando os agentes públicos que lidam com o tema. E sugerem a obrigatoriedade de autorização judicial prévia para uso das informações obtidas com o uso das TRFs em investigações,
Bicicleta elétrica multifuncional transporta até 200 kg; conheça o modelo

A empresa Ride1Up de San Diego revelou detalhes do que promete ser a “e-bike mais versátil e personalizável do mercado”. O modelo Vorsa pode transportar até 200 kg, oferece assistência suave a 45 km/h e percorre de 48 a 96 quilômetros entre recargas. “Seja para fazer compras, deixar as crianças na escola ou embarcar em sua próxima aventura, a Vorsa se adapta ao seu estilo de vida com precisão modular, potência robusta e resistência pronta para trilhas”, diz o comunicado. Conhecendo a Vorsa Motor de cubo traseiro personalizado de 750 W que fornece 95 Nm de potência para subidas quando necessário, além de assistência ao pedalar até 45 km/h; Possui um sensor de cadência combinado com a tecnologia de detecção de torque sem contato Intui-Drive; Tubo inferior abriga uma bateria de 720 Wh com trava, composta por células Samsung 21700 com certificação UL, que oferece até 96,5 km de autonomia por carga; Há um acelerador de polegar à esquerda do guidão para rolar sem precisar pedalar; Transmissão Shimano de 8 velocidades promete trocas suaves e opções de pedal mais flexíveis; Aros de 27,5 polegadas da bicicleta usam pneus Schwalbe de 2,6 polegadas para absorver impacto das ruas da cidade até superfícies de trilhas; Potência de frenagem se manifesta nos freios a disco hidráulicos de pistão duplo com corte do motor, com um rotor de 203 mm na traseira e 180 na dianteira; Farol de 100 lux e lanterna traseira de freio integrada ao para-lama de liga leve possibilitam viagens diurnas ou noturnas. O grande destaque O modelo tem capacidade máxima de carga útil de 200 kg e é equipado com bagageiro que acomoda até 68 kg. Outras opções de carga incluem um bagageiro frontal, alforjes, assento acolchoado, cooler com isolamento térmico e uma cesta. O visor colorido permite ajustes elétricos com um toque e vem com rastreamento AirTag para maior tranquilidade e segurança. A Vorsa “inspirada em SUVs” já está disponível com quadro step-thru ou step-over por US$ 1.595 (R$ 9 mil).
Duolingo vai substituir funcionários pela IA

Perder o emprego para a inteligência artificial está se tornando muito mais do que um simples temor relacionado a um futuro distante. Diversas empresas já estão anunciando cortes de funcionários e investimentos em tecnologia para substitui-los. O mais novo exemplo disso é o Duolingo, famosa plataforma de aprendizado de idiomas. Em uma publicação no LinkedIn, o cofundador e CEO Luis von Ahn, informou que a companhia “deixará gradualmente de usar contratados para fazer trabalhos que a IA pode realizar”. Empresa quer virar referência no uso de IA Luis von Ahn afirmou que o objetivo é tornar o Duolingo um exemplo global do uso de IA. Para isso, será necessário repensar algumas estratégias e implementar “algumas restrições construtivas”. Ainda segundo ele, “fazer pequenos ajustes em sistemas projetados para humanos” não é o suficiente para atingir as metas propostas. Dessa forma, o CEO da empresa explicou que, gradualmente, deixará de usar contratados para fazer trabalhos que a IA possa realizar. E que só serão contratados novos funcionários caso estas funções não possam ser automatizadas. Foco dos trabalhadores será no processo criativo Na publicação, Luis von Ahn ressaltou que “o Duolingo continuará sendo uma empresa que se preocupa profundamente com seus funcionários”. Ainda explicou que os trabalhadores poderão “se concentrar no trabalho criativo e em problemas reais, não em tarefas repetitivas”. O CEO da empresa defendeu que a IA não representa apenas um aumento de produtividade, mas sim ajuda a melhorar as formas de aprendizado na plataforma. Por fim, ele destaca que “substituir um processo lento e manual de criação de conteúdo por um alimentado por IA” foi a melhor decisão já tomada pela companhia. Apesar do anúncio deixar claro que haverá demissões no futuro, não foi informado quando e nem quantos funcionários podem ser desligados da empresa. As informações são do portal The Verge.
WhatsApp lança recurso que permite criar pacote de figurinhas; saiba como

O WhatsApp lançou, nesta quarta-feira (16), um recurso que possibilita criar e organizar as figurinhas em pastas no Android e iPhone (iOS). A funcionalidade já havia sido divulgada como teste pela rede social no final do ano passado, e, agora, está disponível para uso no app. Vale lembrar que, antes, para realizar esse processo era necessário instalar um aplicativo de terceiros. Além disso, com a nova função, é possível nomear o pacote de figurinhas como o usuário desejar e compartilhá-lo com amigos. Para saber mais detalhes sobre a novidade e como ativar no celular, confira a matéria a seguir. Como criar pacote de figurinhas no Whatsapp Para criar um pacote de figurinhas no app, basta clicar no ícone de stickers localizado na barra de digitação. Depois, selecione o símbolo de lápis no canto superior e escolha as figuras desejadas para colocar no pacote. Por fim, nos três pontinhos no canto inferior da tela vá em Adicionar a pacote de figurinhas para nomear a pasta. Além disso, para enviar o pacote para algum amigo, basta clicar nos três pontinhos em cima da pasta criada e selecionar Enviar. Com isso, a pessoa pode favoritar as figuras. A nova função também possibilita mover os stickers para o topo, deixando-os em evidência para facilitar a visualização dos preferidos. Vale lembrar que se a atualização ainda não chegou no seu dispositivo, é possível atualizar a versão do Android e iOS para a mais recente e verificar se a função está ativa.
ChatGPT é o app mais baixado do mundo pela primeira vez; veja ranking

O ChatGPT foi o app mais baixado do mundo em março de 2025, segundo dados da plataforma de monitoramento Appfigures Intelligence. Pela primeira vez no topo do ranking, a inteligência artificial (IA) da OpenAI registrou 46 milhões de downloads no período, representando um aumento de 28% em relação ao mês anterior. O TikTok, que até fevereiro ocupava o primeiro lugar, caiu para terceiro. Já o Instagram, com números próximos a IA, ficou em segundo. Além disso, apps de compras e edição também ocupam espaço na lista. Confira, a seguir, o ranking completo. 10 apps mais baixados no mundo Conforme o relatório da Appfigures Intelligence, no primeiro trimestre de 2025, o número de downloads do ChatGPT cresceu cerca de 150% em comparação ao mesmo período do ano passado. Confira a lista completa abaixo. ChatGPT — 46 milhões Instagram — 46 milhões TikTok — 45 milhões Facebook — 36 milhões WhatsApp — 35 milhões Temu — 32 milhões CapCut — 27 milhões Telegram — 25 milhões Snapchat — 23 milhões Threads — 23 milhões Crescimento do ChatGPT O crescimento contínuo do ChatGPT pode ser atribuído às recentes atualizações na plataforma. Com o modelo GPT-4o, foram introduzidas ferramentas como o Refletir, que permite à IA pensar com mais profundidade antes de responder, e a Lousa, voltada para edição de textos e revisão de códigos. No entanto, o grande salto veio com a nova funcionalidade de geração de imagens realistas a partir de prompts em texto ou áudio. Um exemplo foi o viral inspirado no estilo do Studio Ghibli, que gerou tanta demanda que a plataforma precisou limitar temporariamente o acesso ao recurso. Somente uma hora após a liberação desses novos recursos, Sam Altman, CEO da OpenAI, anunciou nas redes sociais que a plataforma havia conquistado 1 milhão de novos usuários.
Anatel aprova expansão da Starlink, de Elon Musk, no Brasil

Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou a expansão do sistema de satélites da Starlink, do bilionário Elon Musk, no Brasil. Com a decisão, a empresa vai poder lançar mais 7,5 mil satélites. Hoje, a Starlink está autorizada a operar 4,4 mil satélites no Brasil até 2027. O aval da Anatel nesta terça mantém o prazo até 2027. Embora autorize a companhia, a Anatel emitiu um “alerta regulatório” sinalizando a necessidade de revisar a norma que regulamenta a operação dos chamados satélites de “baixa órbita” — tecnologia usada pela empresa de Musk. “Diante dos efeitos decorrentes da intensificação da exploração comercial de satélites de órbita baixa, emite-se alerta regulatório com vistas a destacar a atualização em curso do marco normativo vigente, especialmente frente aos riscos identificados nos domínios concorrencial, da sustentabilidade espacial e da soberania digital”, disse o relator do processo, conselheiro Alexandre Freire. O Conselho Diretor da Anatel determinou que as áreas técnicas discutam, com urgência, a análise de impacto regulatório para alterações na norma. Freire sinaliza a necessidade de considerar “as diretrizes internacionais aplicáveis, bem como os princípios de sustentabilidade, eficiência no uso do espectro, segurança das redes, soberania nacional e promoção da concorrência”. No documento, a Anatel estabelece que os sistemas têm que coexistir, de modo a evitar restrição à competição. Além disso, a agência também pode alterar a autorização de operação no Brasil caso verifique risco à competição. A decisão foi tomada nessa terça (8) em “circuito deliberativo” — quando há a coleta de votos dos conselheiros sem a necessidade de reunião. Fonte: G1
Studio Ghibli: onda nas redes sociais reacende debate sobre IA e direito autoral

O recente lançamento do DALL·E 3, novo gerador de imagens da OpenAI, baseado no modelo GPT-4o, provocou uma nova – e polêmica – trend nas redes sociais: a geração de imagens inspiradas no estilo do estúdio de animação japonês Studio Ghibli, conhecido por criações como Meu Amigo Totoro (1988), A viagem de Chihiro (2001) e O menino e a garça (2023). Segundo a empresa, seu novo modelo de inteligência artificial traz uma abordagem multimodal, permitindo a geração de imagens mais precisas e fotorrealistas. Sua primeira versão foi lançada em 2021 e integrada ao ChatGPT em 2023. IA, criatividade e direitos autorais A trend #GhibliAesthetic, que acumula milhões de visualizações, trouxe de volta à tona uma antiga declaração do co-fundador do Studio Ghibli e ganhador do Oscar, Hayao Miyazaki, de 84 anos, sobre a arte gerada por IA. O artista, conhecido por sua animação desenhada à mão em seu meticuloso método quadro a quadro, classificou o movimento como “insulto à própria vida” em declaração dada em 2016. “Estou completamente enojado. Se você realmente quer fazer coisas assustadoras, pode ir em frente e fazer. Eu nunca desejaria incorporar essa tecnologia ao meu trabalho. Sinto que isso é um insulto à própria vida”, disse Miyazaki durante uma reunião, há nove anos e que voltou a repercutir nas redes após a atual onda das imagens geradas pelo ChatGPT. Embora muitos usuários das redes sociais estejam se divertindo ao compartilhar diversas imagens ao estilo da animação, a prática também levantou debates sobre o uso da tecnologia e a violação de direitos autorais. Victor Machado, professor e mestre em engenharia de software e gerente de novos produtos do Inteli, explica que inteligência artificial generativa não tem criatividade como os humanos. Para a IA produzir algo, portanto, é necessário que ela tenha sido instruída de acordo, seja pelo prompt do usuário ou pela base de dados usada no seu aprendizado. “A criatividade, de pensar fora da caixa e trazer soluções diferenciadas a partir de inspirações, sejam artísticas ou profissionais, ainda é algo inerentemente humano. A IA deve ser usada como uma ferramenta para alavancar o potencial criativo do criador e não como um substituto da sua capacidade criativa”, disse. “A IA pode sim expandir a criatividade, mas deve ser usada com consciência. Reproduzir estilos sem atribuição ou autorização pode banalizar anos de trabalho artístico. As novas gerações precisam usar a IA como ponto de partida para inovação e não como atalho para copiar estéticas consagradas”, reforça também André Insardi, CEO da Khipo e professor de graduação e MBA da ESPM. Insardi ressalta que a experimentação criativa exige responsabilidade — já que ela está mudando o conceito de autoria, sendo o “criador” o responsável por compartilhar as informações com o algoritmo. “Reproduzir estilos artísticos pode ser uma forma de aprendizado ou homenagem, desde que respeite os limites do direito autoral. O uso comercial ou enganoso, por outro lado, levanta questões legais e éticas sérias”, pontua. “Os desafios éticos e técnicos vão desde o uso indevido de obras protegidas no treinamento até a ausência de normas jurídicas claras sobre derivação, crédito e remuneração. Precisamos urgentemente de marcos legais que acompanhem essa evolução”, segue. Desafios sobre propriedade intelectual Para Alexander Coelho, advogado especialista em direito digital e membro da Comissão de Privacidade e Proteção de Dados e Inteligência Artificial da OAB/SP, o Studio Ghibli pode processar o ChatGPT desde que consiga provar que suas obras ou seu estilo distintivo foram utilizados sem autorização. Porém, o sucesso dessa ação dependeria da capacidade de demonstrar que o sistema de IA foi treinado com o conteúdo do estúdio sem o seu consentimento. “A questão é que o estilo Ghibli, embora não seja uma ‘obra’ isolada, pode ter elementos protegidos: personagens, paletas visuais, traços únicos e o próprio nome. O caminho jurídico poderia passar por violação de marca, concorrência desleal ou uso indevido de propriedade intelectual”, explica. O advogado pontua que hoje, mais do que nunca, o artista precisa agir como um estrategista para blindar suas criações, monitorando também como e onde elas aparecem, pois “em um mundo onde algoritmos ‘aprendem’ sem pedir licença, a vigilância tornou-se parte da arte”. “Além disso, é fundamental documentar o ‘traço distintivo’ de sua identidade visual, pois embora estilos não sejam protegíveis por si só, eles podem ser invocados como parte de uma marca ou como elemento caracterizador em disputas sobre concorrência desleal ou uso indevido de imagem autoral”, explica. No Brasil e Estados Unidos existem órgãos de proteção de identidade criativa que garantem ao autor direitos autorais sobre suas obras. Já sobre obras criadas por IA, no início deste ano, o United States Copyright Office (USCO), órgão responsável pelo registro de direitos autorais dos EUA, reconheceu de forma inédita a proteção de direitos autorais à uma obra inteiramente gerada por inteligência artificial, intitulada de A Single Piece of American Cheese, criada pelo CEO da plataforma Invoke. Fonte: Meio e Mensagem
Apple anuncia fim de 3 iPhones; saiba mais

A Apple planeja descontinuar três modelos de iPhone em 2025, uma decisão que afetará milhões de usuários ao redor do mundo: o iPhone 14, o iPhone 14 Plus e o iPhone SE de terceira geração. Esse movimento, previsto para ocorrer ao longo do ano, reflete a estratégia da gigante tecnológica de manter seu portfólio alinhado às demandas por inovação, desempenho e segurança. Com o lançamento de dispositivos mais avançados, como a linha iPhone 16 e os aguardados iPhone 17, a empresa busca direcionar consumidores para tecnologias mais recentes, como processadores potentes, câmeras aprimoradas e integração com inteligência artificial via Apple Intelligence. A retirada desses modelos, anunciada em março de 2025, já gera debates entre usuários sobre o futuro de seus aparelhos e as opções disponíveis no mercado. O iPhone 14, lançado em 2022, e sua variante Plus trouxeram novidades como o chip A15 Bionic e melhorias em fotografia computacional, enquanto o iPhone SE (3ª geração), também de 2022, conquistou fãs por oferecer desempenho sólido em um design compacto. Apesar de sua popularidade, esses dispositivos serão substituídos por modelos que suportam as exigências de softwares mais recentes e funcionalidades avançadas, como as previstas no iOS 19. A decisão impacta diretamente consumidores que ainda utilizam ou planejam adquirir esses aparelhos, especialmente em mercados emergentes, onde os modelos mais acessíveis têm forte apelo. Motivos por trás da descontinuação A Apple justifica a retirada desses iPhones como parte de um ciclo natural de renovação tecnológica. O iPhone 14 e o 14 Plus, por exemplo, já foram superados pelos avanços da linha iPhone 15, que introduziu portas USB-C e chips A16 Bionic, e da série iPhone 16, lançada em 2024 com o A18, otimizado para inteligência artificial. Já o iPhone SE de terceira geração, embora equipado com o mesmo A15 Bionic, carece de recursos como a Ilha Dinâmica e câmeras duplas, presentes em modelos mais novos. Focar em dispositivos modernos permite à empresa oferecer suporte consistente, incluindo atualizações de segurança e compatibilidade com novos aplicativos. Em 2024, cerca de 70% dos usuários de iPhone já utilizavam modelos lançados nos últimos três anos, evidenciando a rapidez com que o público adota as novidades da marca. A descontinuação também abre espaço para a produção em massa de futuros lançamentos, como o esperado iPhone 17 Air, que promete design ultrafino e desempenho superior. Alternativas para substituir os modelos Quem busca substituir os iPhones descontinuados tem opções variadas no portfólio atual da Apple. A linha iPhone 15, com versões padrão e Plus, oferece melhorias significativas em câmera, como o sensor de 48 MP, e maior eficiência energética. Já os modelos Pro e Pro Max da série iPhone 16 trazem recursos avançados, como telas ProMotion de 120 Hz e o chip A18 Pro, ideais para usuários que priorizam desempenho e fotografia profissional. Acessar o mercado de usados ou recondicionados também é uma alternativa viável. Em 2024, o iPhone 14 ainda representava 15% das vendas de iPhones usados globalmente, indicando que esses modelos continuarão circulando mesmo após saírem de linha. Para quem prefere aparelhos novos, o iPhone 16e, lançado em março de 2025 como uma opção mais acessível, combina o chip A18 com preço competitivo, mirando o público do antigo SE. Outro ponto de destaque é o programa de troca da Apple, que oferece descontos na compra de modelos recentes ao entregar aparelhos antigos. Em 2025, a empresa ampliou os incentivos, aceitando até mesmo iPhones de gerações mais velhas com valores que podem chegar a R$ 1.500, dependendo do estado do dispositivo. Cronograma de suporte e atualizações O suporte aos modelos descontinuados seguirá um calendário previsível, baseado no histórico da Apple: 2025: Fim da produção e vendas oficiais nas lojas da Apple. 2026-2027: Últimas atualizações completas do iOS, como o iOS 20. 2028: Possível fim das atualizações de segurança, marcando o término do ciclo de vida. Esse cronograma dá aos usuários tempo para planejar a transição, mas reforça a importância de manter os aparelhos atualizados enquanto o suporte estiver ativo.
5 dicas para manter o armazenamento interno do PC em dia

Se você está ficando sem espaço de armazenamento interno em seu PC ou até mesmo tem dificuldades para encontrar arquivos antigos, é sinal de que o seu computador precisa ser melhor organizado. Pensando em ajudar você, preparamos lgumas dicas valiosas. Continue a leitura e veja como manter o armazenamento interno do PC em dia e não sofrer mais para achar algum documento importante. 5 dicas para manter o armazenamento interno do PC em dia Eliminar arquivos que não estão sendo usados, fazer o backup em unidades externas, renomear documentos e outras ações podem melhorar a organização do armazenamento interno do PC. Veja as dicas abaixo e como aplicar cada uma delas. 1 – Livre-se de arquivos não utilizados Para eliminar arquivos que você não usa mais, acesse as Configurações de seu PC. Aperte as teclas do Windows + I. Depois, clique em Sistema > Armazenamento > Arquivos Temporários. Após isso, selecione todas as caixas e toque no botão Remover Arquivos. Esse processo provavelmente vai liberar um bom espaço em seu armazenamento interno. Também volte na janela de Armazenamento e veja quais são os aplicativos instalados que você não usa mais para retirá-los do PC. 2 – Realize o backup de seus dados em unidades externas O backup é uma maneira mais fácil de organizar os seus arquivos, deixá-los ainda mais seguros e até poupar espaço no armazenamento interno de seu PC. Para fazer isso, você pode utilizar unidades externas, como HDs ou pen drives. Outra opção muito boa é utilizar o armazenamento em nuvem. Para os computadores Windows, por exemplo, existe a opção do OneDrive, que pode ser usado de forma gratuita até 5 GB. Depois, os planos são pagos. A nuvem também traz como vantagem a sincronização de arquivos ou pastas do PC, o que faz com que esses itens sejam salvos automaticamente nesse espaço. 3 – Renomeie os seus arquivos Para manter o armazenamento interno do PC em dia não basta apenas otimizar o espaço. Também é necessário organizar os itens. Uma das maneiras mais eficientes é renomear os arquivos. Uma dica é sempre nomear de acordo com o conteúdo do arquivo. Isso porque às vezes, ao baixar um item, por exemplo, ele vem com um nome aleatório, o que dificulta a sua identificação após um certo tempo. Ao colocar o nome correto, fica mais fácil pesquisar o termo e achar o item depois. 4 – Organize as pastas Você pode melhorar o fluxo de suas atividades no PC apenas organizando suas pastas. Por exemplo, você pode classificá-las por assuntos principais e organizá-las em subtemas. Para ilustrar melhor, é possível criar uma pasta com o nome “Faculdade”. Nela, você pode inserir subpastas como “trabalhos acadêmicos”, “estudos”, “disciplinas”, etc. Faça o mesmo com outras coisas importantes, como trabalho e até a sua pasta pessoal, que pode ter subpastas para “Fotos”, “Planos” e outras coisas. 5 – Utilize ferramentas de otimização As ferramentas de otimização de sistema podem realizar todo o trabalho necessário para manter o armazenamento interno de seu PC em dia. Isso porque elas ajudam a eliminar regularmente arquivos temporários e inúteis, liberando memória e atualizando seus drivers. Um exemplo de ferramenta é o Microsoft PC Manager para Windows 11. Ela faz uma limpeza profunda escaneando o computador e encontrando itens inúteis que você não precisa mais. De forma automática, o serviço consegue achar arquivos maiores que 1 GB que não foram utilizados por pelo menos 10 dias. Assim, você só vai precisar selecionar os arquivos que deseja eliminar. Depois, basta clicar em “Excluir”. Fonte: Olhar Digital